Desde o dia que você chegou trouxe alegria para nossas vidas. É bom demais acordar com a carinha mais linda do mundo nos saudando com o sorriso banguela mais lindo do mundo.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Aniversário de papai

Querido...
Hoje papai faria 63 anos. E eu quero te contar como ele era, quem ele era e como nos conhecemos. É muito estranho (e ruim) falar dele no passado, mas vamos lá.

Nos conhecemos em 2005, às vespéras do aniversário dele. No início era apenas amizade, mas menos de um mês depois já não conseguíamos mais viver um sem o outro. A isso, querido, chamamos amor.E o nosso amor foi tão lindo! Éramos amigos, companheiros... nos divertíamos muito juntos. E num casamento, você precisa saber, tem coisas muito importantes, mas a amizade, o carinho e o respeito são fundamentais. Decidimos que para sermos ainda mais felizes, faltava você. Aí tem a história da cegonha bêbada, que você conhece... te levou pra longe e ficamos vários meses te procurando. Quando você chegou a nossa vida ficou completa. Deixamos de ser uma família de dois e passamos a ser três apaixonados. Adorávamos ficar em casa. Geralmente vendo um filme, comendo pipoca... dançando, cuidando das plantas, fazendo comidinhas. Sempre os três. Sempre dando risada e derramando amor...

Se ele estivesse aqui hoje, certamente teríamos festa. Ele tinha muitos amigos e se divertia imensamente mostrando os filmes e as músicas preferidas dele... tomando vinho ou café e sempre falando muito.

Ele era baixinho e barrigudinho, como você. A marca registrada dele: suspensórios e os óculos. Estava sempre com um livro ou um filme na mão, às vezes os dois. Amava cinema, filosofia e vivia falando de uns tais Deleuze e Guatari. Falava tanto que todas as vezes que ouço/leio o nome deles, lembro dele no mesmo instante. Tinha uma voz linda e eu adorava ficar horas e horas conversando com ele. Adorava, também, quado ele lia pra mim. Depois, ele começou a ler pra você. E você também se apaixonou por ele e ficava quietinho, só ouvindo, de olhos bem abertos. Ele me chamava de "mô" e você de "Luquinha"... Quando ele ia trabalhar, nós ficávamos esperando ele na rede... quando ele mexia no portão nossa felicidade pulava junto com a gente para o abraço mais quente e mais amado.

É isso. Hoje mamãe tá bem triste, com saudades e desejando muito que as coisas fossem como antes. Mas por outro lado, bem no fundo, tem uma porção grande de felicidade por ter vivido tantos aniversários felizes e por ter vivido tudo que vivemos.