Quando as pessoas desaparecem

Um dia você vai entender o que é a morte. Vai perceber que é um assunto triste e que muita gente ao falar sobre isso chora. Mas vai entender, também, que é um acontecimento muito comum em nossas vidas. Parentes, pessoas famosas, desconhecidos, animais, plantas, gente que amamos e gente que nunca vimos, todas sem exceção, vão morrer um dia. O natural é que os mais velhos morram antes. Que os pais morram antes dos filhos. Mas nem sempre é assim. Hoje, por exemplo, morreu um bebezinho um pouco mais novo que você. O nome dele é Theodoro, mas gostamos de nos referir a ele como Theo. Ele nasceu saudável, bonito e muito, muito amado por todos. Passados alguns meses ele adoeceu e a mãe dele- Aline Betras foi uma das pessoas mais corajosas que eu já tomei conhecimento. Ela, apesar de toda dor que sentiu nesses meses não perdeu a esperança, a fé e a coragem. Criou uma rede de solidariedade e amizade aqui na Blogosfera e nos deu o prazer de conhecer Theo. Theo, por sua vez, herdou a força da mãe. Até nos momentos mais doloridos, mais tristes, ele aparecia para nós com um sorriso no rosto.
Me lembro quando seu avô, meu pai, estava doente e numa conversa com um amigo nosso, percebi que seria muito egoísmo nosso querer que ele permanecesse vivo, ali na cama, só porque não queríamos perdê-lo. De que adianta ficar vivo se a dor o consome? O sofrimento de um doente torna todos ao redor doentes também. A tristeza é a pior doença que existe. Por isso acho que devemos lembrar das pessoas nos momentos alegres que passamos com elas.
Retirada daqui

Desculpe o papo, mas é que não podemos deixar de falar sobre nada. Mesmo dos assuntos chatos e dos tristes.

Viva muito, meu bem. Que você tenha muita saúde e que mamãe e papai estejam sempre por perto, te protegendo.